

50 anos de sonhos e criaturas
mágicas que sairam
à rua para nos enfeitiçarem.
“O que eu faço agora é uma coisa que tem vindo a germinar ao longo dos anos, não veio do nada. Há os pintores “da casca”, que se preocupam com o mundo que os envolve e isso reflecte-se no seu trabalho. Eu sou uma espécie de mineiro à procura do meu ouro, esta coisa que todos nós temos cá dentro. Comecei este processo desde rapazinho. Sempre me conheci a desenhar e a pintar.”
“Quando estou a pintar não tenho consciência do que faço. Posteriormente é que me apercebo daquilo que um quadro significa. Isto são sonhos. Não são ilustrações de sonhos mas os sonhos em si. Desde muito cedo me apercebi de que tudo o que eu desenhava às ocultas da consciência continha uma linguagem e uma filosofia próprias semelhantes às dos sonhos. Era como se os sonhos me saíssem pelas mãos. Fui-me familiarizando ao longo da vida com este processo que se assemelhava a um acto mediúnico e no qual eu representava apenas um simples instrumento. Esta experiência leva-me a postular que a arte é um prolongamento do sonho.”
“A maior parte dos críticos tem um discurso lógico que, ao abordar estes quadros, desvaloriza-os, criando uma imagem adulterada.Mas a explicação que me está a dar é em si mesma uma explicação válida... A explicação de que estas coisas não se explicam... A filosofia e a arte querem conhecer a realidade. E os sonhos não serão eles também a realidade, assim como os efeitos palpáveis que os sonhos têm em nós e na nossa vida?Mas o que é que é a realidade? Os sonhos são muito importantes e são a raiz das coisas. A filosofia devia partir daí. Todo o acto inconsciente tem a sua origem nos sonhos...”
“Quando estou a pintar não tenho consciência do que faço. Posteriormente é que me apercebo daquilo que um quadro significa. Isto são sonhos. Não são ilustrações de sonhos mas os sonhos em si. Desde muito cedo me apercebi de que tudo o que eu desenhava às ocultas da consciência continha uma linguagem e uma filosofia próprias semelhantes às dos sonhos. Era como se os sonhos me saíssem pelas mãos. Fui-me familiarizando ao longo da vida com este processo que se assemelhava a um acto mediúnico e no qual eu representava apenas um simples instrumento. Esta experiência leva-me a postular que a arte é um prolongamento do sonho.”
“A maior parte dos críticos tem um discurso lógico que, ao abordar estes quadros, desvaloriza-os, criando uma imagem adulterada.Mas a explicação que me está a dar é em si mesma uma explicação válida... A explicação de que estas coisas não se explicam... A filosofia e a arte querem conhecer a realidade. E os sonhos não serão eles também a realidade, assim como os efeitos palpáveis que os sonhos têm em nós e na nossa vida?Mas o que é que é a realidade? Os sonhos são muito importantes e são a raiz das coisas. A filosofia devia partir daí. Todo o acto inconsciente tem a sua origem nos sonhos...”
Raúl Perez – Desenho e Pintura, no Museu Colecção Berardo.
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