segunda-feira, 11 de maio de 2009

Acabei de ler este livro.
Confesso: Não foi Amor à primeira vista!
Até porque, já o tenho à uns anos e sempre que tentava iniciar a leitura, as frases sobrepunham-se e eu não retia nada do que lia! E, quando assim é, o melhor é ir direitinho para a estante!
Acredito que os livros são como as pessoas, não aparecem por um mero acaso.
A mãe tinha razão: quando dizia que o livro tinha uma grande mensagem.

Quero partilhar um pequeno excerto, que me fez entender um pouco melhor a armadura que se pega ás pessoas, sempre que tentam proteger-se.

"... Sabes qual é o erro que cometemos sempre? Acreditar que a vida é imutável, que, mal escolhemos um carril, temos de o seguir até ao fim.
Tem cuidado contigo. Sempre que à medida que fores crescendo, tiveres vontade de converter as coisas erradas em certas, lembra-te que a primeira revolução a fazer é dentro de nós próprios, a primeira e a mais importante.
E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não te metas por uma ao acaso, senta-te e espera.
Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraía, espera e volta a esperar.

Fica quieta, em silêncio, e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te, e vai onde ele te levar..."

7 comentários:

Maria disse...

Sim Paty, às vezes é preciso renascer, respirar fundo, ouvir o nosso coração e seguir o que ele nos diz... isso por vezes não acontece apenas porque nos perdemos num cemitério de memórias... distraídos por nostalgias

"Há cemitérios de memórias
Onde estranhos se abraçam
Entre lápides feitas de sal
Imersas
Em mares de folhas gastas
De árvores para sempre nuas
Num Outono eterno e já caduco

E é por lá que eu navego
E percorro os labirintos
De mares nunca esquecidos
De vidas nunca vividas
Num silêncio que esmaga
Qualquer olhar que me cative

Há cemitérios sem saída
Sem um som, sem um lamento
Que nascem de um sorriso
Que carregamos toda a vida

Há cemitérios que trazemos
Sempre, sempre connosco
São um Outono no olhar
A despedida
Em cada olá


Porque não podemos nunca
Morder os sonhos, que o silêncio acumula"

(Este poema é de Varelse, não sei o verdadeiro nome dele, é um jovem escritor e músico... um "amigo" de outras bandas)

Anónimo disse...

Taty, tem selinho sorriso te esperando, bj.

Maria Brito disse...

É natural cometer erros, partir sem os ter compreendido é que torna inútil o sentido de uma vida. As coisas que nos acontecem nunca são definitivas, gratuitas, cada encontro, cada pequeno acontecimento tem um significado, a compreensão de nós mesmos nasce da disponibilidade em aceitá-los, da capacidade de mudar de direcção em qualquer momento, de deixar a pele antiga.

Susanna Tamaro
Beijos mil da tua...
Mammi

Maria Brito disse...

Antes de julgares uma pessoa, caminha durante 3 luas com os seus mocassins.
Vistas de fora, há muitas vidas que parecem falhadas, irracionais, loucas. Enquanto se está de fora, é fácil compreender mal as pessoas, as suas relações. Só de dentro, só caminhando durante 3 luas com os seus mocassins é que se pode compreender as motivações, os sentimentos, aquilo que faz agir uma pessoa de uma forma e não de outra. A compreensão nasce da humildade, não do orgulho do saber.

Susanna Tamaro
Beijokas da
Mammi

Paty disse...

Maria: Lindo Poema! Obrigada por o partilhares aqui com todos!

Luz: Não consigo aceitar esse desafio. Ou pelo menos por enquanto que o tempo é escasso! Vou pensar nisso :)


Mamy: Andamos inspiradas hãm!!! :)

É muito mais fácil se pensarmos cada encontro, cada acontecimento tem um significado e que todos temos de facto a a capacidade de mudar de direcção em qualquer momento.

Beijinhos mãe!

Ana disse...

Este foi o meu II livro da vida ...
depois dele ... nunca mais parei!!!

beijinhos
Ana

Paty disse...

Tantas coisas em comum :)

Qual foi o primeiro?


Beij*nhos